O dólar teve alta de 0,32% nesta 2ª feira (18.nov.2019), comercializado a R$ 4,20. Este é o maior valor nominal do dólar frente ao real–que não leva em conta o poder de compra das duas moedas– desde a implantação do Plano Real, em vigor, em 1994. Até então, a cotação mais alta era do dia 13 de setembro de 2018 (R$ 4,1957 na venda).
Só neste ano, a moeda americana acumula alta de 8,56% sobre o real. No mês, o avanço é de 4,89%.
A alta da moeda norte-americana tem relação com a guerra comercial travada entre os Estados Unidos e a China, bem como com as manifestações que eclodem em países da América Latina, segundo destaca Jefferson Laatus, estrategista-chefe do Grupo Laatus.
No cenário interno, Laatus, menciona que as incertezas sobre a apresentação das propostas do governo para as reformas administrativa e tributária também contribuíram para a valorização do dólar.
“Pela manhã, a China anunciou que não tem expectativas de fechar 1 acordo com os EUA e isso já começou a estressar o mercado. Os outros fatores de incertezas internas contribuíram para que o dólar subisse“, analisa Jefferson.
Para o especialista, não há previsão de baixa da moeda norte-americana no curto prazo. “A expectativa era de que o Banco Central anunciasse alguma medida para conter a moeda. Mas isso não aconteceu. Só nos mostra que a alta não preocupou tanto o BC“, disse. “O cenário não é positivo e a alta deve durar indefinidamente.”
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